Pois é. O pequeno
Digo-te é já um homenzinho! Parece que ainda foi ontem que deu os primeiros
passos, disse as primeiras palavras e bolçava a cada palmadinha nas costas depois
do biberão da manhã.
O raio do petiz
completa hoje quatro primaveras, todas elas recheadas de alegrias e alergias aos pólenes
das árvores. Nasceu há numa época em que Portugal não conhecia a palavra
troika, e não seguia austeramente os passos de um coelho (porque Saviola só
viria para o Benfica no ano seguinte).
Corria o dia 21 de maio
de 2008 quando o Chelsea perdeu a final da Liga dos Campeões com o United, nas
grande penalidades. Como os tempos mudam… E de repente, sem que nada o fizesse
prever, nasce o pequeno Digo-te, precoce, com apenas 28 semanas, que por pouco
não foi parar à incubadora. Do cordão umbilical sobrou apenas o hífen que
separa o “Digo” do “te”, carinhosamente apelidado de “tracinho”.
O frágil Digo-te,
amparado por seu pai, foi crescendo e vingando neste mundo de cobras, onde a
cada canto espreitam um sem abrigo, um bandido ou uma senhora da vida, daquelas
estrábicas a quem dá jeito estar precisamente numa esquina para poder mirar duas
ruas à procura de uns trocos para a pastilha elástica.
Agora com quatro anos, o
Digo-te está quase a despedir-se do infantário dos blogues e põe já os olhos na
escola primária, qual Carlos Cruz. É o orgulho desmedido
de um pai babado, que no meio de tanta saliva, saúda diretamente o seu pequeno
rebento:
Parabéns!
Digo-te
quatro anos a assaltar casas
de emigrantes
- e a fazer slogans estúpidos.
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