Avançar para o conteúdo principal

Primeiro os mais velhos!

E pronto. Lá tomou posse o novo governo cá do sítio, com toda a pompa e circunstância. Talvez mais com pompa, que as circunstâncias do momento não são as melhores.
Confesso que este governo não foi escolha minha mas, como todos os portugueses, deposito nele a esperança platónica que isto vá ao lugar e que sejamos todos muito felizes.
Contudo, o que tenho ouvido da boca de vários comentadores de sofá são essencialmente críticas à média de idades do novo Executivo. E se há coisa que me põe os cabelos em pé (tirando Shockwaves) é a crítica fácil e despropositada dos mais velhos aos mais novos.
Claro que, neste assunto, os meus 22 anos são mais suspeitos do que os pais da pequena Maddie, mas também mais inocentes.

De facto, é comum ouvir que a juventude não liga à política, que só quer borga, que os adolescentes querem é espancar outros e meter os vídeos na internet, que já ninguém respeita a história do país, que são todos uma cambada de malandros que vive à custa dos pais, que têm a vida muito mais facilitada do que eles tiveram, que antigamente se começava a trabalhar aos 14, que o Festival da Eurovisão já não é nada, que o Eusébio é que jogava à bola, que é uma vergonha o Júlio Isidro não ser Presidente da República, a televisão ser a cores ou as estradas alcatroadas.

Falando agora como jovem, – e já me custa um bocadinho – não posso deixar de discordar destas opiniões retrógadas. Deixem-me só recordar o país em que vivemos. Chama-se Portugal e tem uma população maioritariamente envelhecida, e portanto, na mesma linha de raciocínio, estamos a abarrotar de sabedoria. Agora deixem-me também referenciar que estamos mergulhados numa grave crise económica e tivemos até de recorrer à caridade internacional. E finalmente, vou esclarecer nas próximas linhas as culpas no cartório da juventude relativamente a este flagelo:






Cá está. Talvez por ser ainda muito novo não encontre uma ligação explícita. Arriscava até dizer que a atual situação do país resulta de gerações anteriores à minha e à de tantos jovens. E que essa mesma situação terá de ser solucionada e resolvida por nós. Mas volto a frisar, quem diz isto é um gajo mal encarado que ainda há pouco tempo andava no infantário a comer plasticina. Alguém viu o Prós e Contras desta semana e as declarações daquele jovem empresário com sotaque nortenho? Eu tiro-lhe o chapéu, tal como Di Maria o fez ao guarda-redes da Nigéria na final dos Jogos Olímpicos. Uma lição de vida e futebol, respetivamente.


Parando agora com as picardias, o contributo da sociedade para a evolução do país vai beber tanto à experiência dos mais velhos como à irreverência dos mais novos. Aproveita e usa o trabalho de uns e de outros, tal como as fábricas chinesas.
E só assim, com esse respeito mútuo, podemos realizar um trabalho que deixe os outros países de – lá está – olhos em bico.

Perceberam? China, olhos em bico... Hum? Enfim...

Comentários

Os mais vistos do momento

Memória curta ou estupidez?

Ok. Eu não era nascido. Ok. Eu só sei o que me dizem ou o que leio. Mas por favor. Quando me dizem na cara que a ditadura devia voltar, que o homem governou bem o país e pior: que naquele tempo se vivia melhor que hoje, não merecem resposta. Sinceramente não percebo…

Meia dúzia!

O nosso querido tasco completa hoje seis aninhos hoje! Parabéns ao Digo-te que bem os merece pela meia dúzia. E é precisamente na meia dúzia que está o segredo! Confuso? Ainda não tens o Baba & Camelo, certo? O excelso registo bibliográfico com uma seleção dos melhores dos piores ditados que aqui foram escritos!  Então aproveita: neste aniversário de meia dúzia de anos, tens meia dúzia de dias para encomendares o teu livro por meia dúzia de moedas . Podes obter o Baba & Camelo de três maneiras: 1. Diretamente através da minha pessoa, por mensagem no Facebook (campanha meia dúzia!) 2. Através dos comentários do blogue (campanha meia dúzia!). Deixa o teu email - o comentário não será publicado. 3. No site da editora Bubok Portugal (sem campanha): http://www.bubok.pt/ livros/7106/Baba-amp-Camelo Nota: Baba & Camelo pode conter vestígios de frutos de casca rija.

momento de insanidade

Vamos de férias para o México com o dinheiro do último empréstimo que contraímos. Uma semaninha com a família na praia de barriga para o ar. Mas as saudades começam a apertar. Será que o Quique fica? Vou ou não votar no Vital Moreira? O que tem a Manuela Moura Guedes a dizer disto? No aeroporto, há que trazer uns souvenirs de última hora, e como toda a gente sabe, há muito que os sombreros deixaram de ser a imagem de marca do país. Foram substituídos pelas máscaras de combate à gripe dos porcos, ou lá o que é! Olha, perdeu-se o voo. Ainda bem, talvez este também vá fazer companhia ao carapau do atlântico. Da maneira que as coisas têm andado ultimamente, nunca se sabe! Ah, Lisboa! Sim, Portela, que para Alcochete ainda falta um bocado. Cansado da viagem, aquele filme também era uma seca e a comida… prefiro não falar que ainda vem tudo cá para fora! O que interessa é que estamos em casa, no nosso cantinho. Por falar em cantinho, deixa cá ir buscar o ouro escondido no sótão, q