Todos os dias ouvimos falar na grave crise económica internacional e nas suas repercussões no nosso país.
Desde que me lembro de existir, sempre ouvi falar de crise em Portugal. A mesma que não colocou entraves à organização da Expo 98 e do Euro 2004, que não impede o avanço para a construção do novo aeroporto e do TGV, ou a que parece não existir para os que defendem a candidatura de Portugal e Espanha ao Mundial de 2018. Mesmo assim, é o principal tema da actualidade, e até nas aulas falo disso! Porque não vem uma nova onda de carjacking para a comunicação social centrar aí as atenções? Ou porque não falam da Selecção Nacional? Ah pois, já me esquecia que esses também estão em crise…
Mas voltando à crise económica, os comerciantes fazem de tudo para atrair clientes. Estava eu à mesa, e discutia-se o preço dos combustíveis em dois postos de abastecimento cá da terra. Um desceu os preços em 5 cêntimos, mas o outro supostamente sempre foi mais barato. O primeiro tem agora dois cartazes gigantes a anunciar a descida de preços a quem passa na Nacional 2. E eu, no meu inocente ver, penso: que loucura…
Estava errado! Isto não é de loucos! O que realmente é de loucos foi o que vi a seguir. Vou às compras à cidade e às tantas entro numa loja, onde pelo nome, tudo é “de borla”. Esta cadeia de lojas festeja o seu aniversário neste fim-de-semana, e decidiu conceder descontos de 50% em quase tudo. Resultado? Selva!
Dezenas de pessoas percorrem agitadamente os corredores, com carrinhos de compras carregados com tudo: toalhas, louça, panelas, tapetes, mobiliário, artigos de decoração e artigos que não sei bem para que servem, mas que como estão a metade do preço, toda a gente leva! Coisas espalhadas pelo chão, gente a abrir caixas furiosamente como se este fosse o último dia do mundo! Não fosse eu uma pessoa muito calma, e ter-me-ia subido a tensão e entrado naquele clima de pânico, querendo comprar tudo o que estivesse ao meu alcance. Ok, está mais barato, mas não é razão para competir! Sim, porque aquilo era uma competição! Eu estava a ver que as pessoas iam começar ali aos açoites por causa de uma máquina de cortar relva!
Cheguei a casa cansado, só de ver aquilo. Sento-me para ler o Expresso que comprei pelo caminho, e qual é a manchete? O nosso presidente preocupado com… deixa cá ver… a crise, pois claro!
A mim parece-me que os portugueses, acima da crise económica, têm de ultrapassar esta crise… de nervos!
Desde que me lembro de existir, sempre ouvi falar de crise em Portugal. A mesma que não colocou entraves à organização da Expo 98 e do Euro 2004, que não impede o avanço para a construção do novo aeroporto e do TGV, ou a que parece não existir para os que defendem a candidatura de Portugal e Espanha ao Mundial de 2018. Mesmo assim, é o principal tema da actualidade, e até nas aulas falo disso! Porque não vem uma nova onda de carjacking para a comunicação social centrar aí as atenções? Ou porque não falam da Selecção Nacional? Ah pois, já me esquecia que esses também estão em crise…
Mas voltando à crise económica, os comerciantes fazem de tudo para atrair clientes. Estava eu à mesa, e discutia-se o preço dos combustíveis em dois postos de abastecimento cá da terra. Um desceu os preços em 5 cêntimos, mas o outro supostamente sempre foi mais barato. O primeiro tem agora dois cartazes gigantes a anunciar a descida de preços a quem passa na Nacional 2. E eu, no meu inocente ver, penso: que loucura…
Estava errado! Isto não é de loucos! O que realmente é de loucos foi o que vi a seguir. Vou às compras à cidade e às tantas entro numa loja, onde pelo nome, tudo é “de borla”. Esta cadeia de lojas festeja o seu aniversário neste fim-de-semana, e decidiu conceder descontos de 50% em quase tudo. Resultado? Selva!
Dezenas de pessoas percorrem agitadamente os corredores, com carrinhos de compras carregados com tudo: toalhas, louça, panelas, tapetes, mobiliário, artigos de decoração e artigos que não sei bem para que servem, mas que como estão a metade do preço, toda a gente leva! Coisas espalhadas pelo chão, gente a abrir caixas furiosamente como se este fosse o último dia do mundo! Não fosse eu uma pessoa muito calma, e ter-me-ia subido a tensão e entrado naquele clima de pânico, querendo comprar tudo o que estivesse ao meu alcance. Ok, está mais barato, mas não é razão para competir! Sim, porque aquilo era uma competição! Eu estava a ver que as pessoas iam começar ali aos açoites por causa de uma máquina de cortar relva!
Cheguei a casa cansado, só de ver aquilo. Sento-me para ler o Expresso que comprei pelo caminho, e qual é a manchete? O nosso presidente preocupado com… deixa cá ver… a crise, pois claro!
A mim parece-me que os portugueses, acima da crise económica, têm de ultrapassar esta crise… de nervos!
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xD