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Cromos

Todos nós já fizemos colecção de algum tipo de cromos. Sim, aqueles papelinhos, alguns autocolantes, que compramos na papelaria, ou nos calham nas batatas fritas, nos cereais, etc.
Aqui começa a história complexa destes pequenos coleccionáveis. Ou os procuramos, em busca de algum específico ou especial, ou então calham-nos completamente ao acaso. Assim, é normal que tenhamos cromos que não queremos. Esses ficam de lado. Era bom que os pudéssemos trocar por outros.
Os melhores são raros e difíceis de encontrar. Às vezes abdicamos de uns para ter outros, e estas decisões nem sempre são fáceis. Até fazemos batalhas para os conseguir! Quando finalmente temos aquele cromo que tanto queríamos, devemos guardá-lo bem para não o perder.
Crescemos. Enquanto arrumamos o quarto, encontramos a caderneta, por vezes incompleta. Voltamos a dar-lhe importância e perguntamo-nos porque não acabámos a colecção quando tínhamos oportunidade. Hoje é tarde demais.

Tanta coisa por uns simples cromos. Agora imaginem se coleccionássemos amigos! Pensando bem, e fazendo a comparação, parece-me que coleccionamos ambos…

Comentários

Anónimo disse…
Simões... Estás na minha caderneta... Ou melhor, nas duas... hehe... ;)
Suright disse…
Há cromos importantes que não foram assim tão dificeis de encontrar, Simões.. :)

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Os malucos do riso

Porque somos tolinhos se rimos sozinhos? A questão rima mas impõe-se nos dia de hoje. Quem mostra os dentinhos ao mundo sem que expresse visivelmente o motivo é porque tem um parafuso a menos, bebeu uma garrafa de moscatel ou experimentou o louro tostado que oferecem no Rossio. Será? Pois bem, eu chamo tolinhos aos que censuram estes risos ou sorrisos. Entendam de uma vez por todas que quem ri sozinho é porque, na verdade, não o está. E não, não está com uma piela. Ouviu uma música na rua que fez lembrar-lhe um rosto, viu um carro que o transportou para uma viagem, sentiu um aroma que lhe reavivou um beijo. Mas não, ficam todos a olhar para o maluquinho. Se estivesse a chorar, iam ter com ele para perguntar o que se passa. Mas como ri, ninguém quer realmente saber e preferem fazer troça da situação. Quem sorri na rua sabe porque o faz. Leva à sua volta uma aura de otimisto, de energia positiva que os outros deviam reconhecer, apesar de não saberem a origem. É verdade que ...

Chegou!

Todos esperam um ano por ele. O Verão sabe como nos conquistar. Faz uso das suas características para que estejamos ansiosos pela sua chegada. Para qualquer estudante, Verão rima com férias, e logo as “férias grandes”, que, mesmo tendo esse nome, esgotam-se num instante. Chega então de aulas, de livros, de professores e de ter de acordar cedo. Um dia de férias digno desse nome, começa ao meio dia e acaba às 6 da manhã, numa qualquer discoteca, com boa música, boa gente e, claro, gente boa também, para animar! Mas o Verão significa muito mais do que isso. Praia, por exemplo. Há mar e mar, há ir e… não voltar! Era o que apetecia muitas vezes, ficar ali o resto da vida, a absorver os raios solares e a brisa marítima. A jogar futebol, voleibol, ou às cartas, a ler um livro, a ouvir música, a mexer na areia ou na água, a mergulhar, a surfar, a boiar, a conversar, a brincar, a caminhar ou a correr. Tantas coisas que podemos fazer na praia, que davam uma linda vida. Mas o Verão tem mais! Enq...

Ela é 96

Escrevi aqui, há quase dois anos, um texto sobre aquelas coisas minúsculas que nos impedem de seguir em frente. “ Há sempre algo ” que não controlamos e que aumenta o atrito na estrada para a meta. Hoje trago um problema ainda maior: quando os entraves que surgem à nossa frente foram lá colocados… por nós próprios. Estou a falar daquelas desculpas bem criativas, daquela preguiça que ataca no momento mais inoportuno, daquela Dona Inércia que dava a cara num anúncio ao falecido BES. E é precisamente num banco que nos sentamos enquanto pensamos o quão fantástico era estar de pé. Faz pouco ou nenhum sentido, mas é assim. Conseguimos encontrar no mais pequeno pormenor uma razão do tamanho do mundo para não avançarmos. Vemos em qualquer cisco uma duna imensa de areias movediças. Pedimos uma semana para decidir algo que nos tomaria 10 segundos a refletir. E acabamos por não lhe ligar porque ela é 96.