Avançar para o conteúdo principal

Os limites do humor

Há muito tempo que penso nisto e cada vez mais a minha opinião tende para o seguinte: não há limites no humor. Não tem de haver, pronto!
Ainda só vou para o segundo parágrafo e já muita gente me quer ver crucificado. É sem dúvida um tema polémico, porque existe sempre o duelo entre o humor e as emoções ou valores que as pessoas defendem. Exemplos mais concretos: terrorismo. Um dos grandes problemas do século XXI. Centenas ou milhares de pessoas morrem todos os anos vítimas de atentados horrorosos. Mas logo no minuto seguinte, aparecem piadas e trocadilhos na internet, muitas vezes geniais! Ora, aqui reside o problema. Para mim, não há mal nenhum em inventar uma piada acerca de uma tragédia. E agora diriam: “Ó Simon, tudo bem e tal, porque não aconteceu contigo!”. Têm razão, mas se acontecesse, eu seria o primeiro a axincalhar com a situação (se estivesse em estado para isso, como é óbvio!). Posso parecer estúpido, mas eu explico-me. E quanto ao cabelo, não há nada a fazer, sou mesmo assim...

Se calhar comecei com demasiada força. Vamos antes ao exemplo das piadas com alentejanos. Não tenho nada, mas nada contra aquelas gentes. No entanto, não resisto a ler umas boas anedotas sobre eles! E penso que eles não têm de se sentir melindrados com isto.
Piadas sobre deficientes: a mesma conclusão! E diriam agora: “Epá, ó Simon, as tragédias tudo bem, mas os deficientes? Eles nem se podem defender!”. O mundo tem de perceber que o humor não é, ou não devia ser, uma maneira de atacar as pessoas. É paródia, folia, graça e entretenimento! Além disso, quando Portugal joga contra o Liechtenstein, estes também não têm maneira de se defender e ninguém diz nada!

“Então, se quiser inventar uma piada ou um cartoon sobre um tema sério, devo fazê-lo sem pensar em mais nada?” Não. De facto, há temas em que temos de reflectir antes da bela piada seca. Como é óbvio, é diferente fazer uma piada sobre a Floribella ou o 11 de Setembro. Claro que temos de pensar nas consequências das palavras. Mas não é por aí que não temos assunto para a piada! Se não dá por um lado, dá por outro! Há sempre soluções no mundo do humor. Às vezes estão é ao contrário, como aquelas palavras cruzadas nos jornais.
Portanto, volto a dizer que não deve haver limites no humor. Para isso, existiram os tempos de salazar, em que havia limites para tudo e para todos. Hoje não é assim, e daí ter escrito o seu nome com letra minúscula. Salazar, vem cá prender-me agora! Anda cá, homem!

Comentários

Anónimo disse…
Simões o que era suposto ser um blog serio, ja' está a dar lugar a javardice. Eu sabia que mais tarde ou mais cedo isto ia acontecer, pq aquelas falinhas mansas todas no primeiro post é só fachada visto que, a seguir a Joel, tu és o mais javardo que conheço.

Depois da leitura disto apetece-me mandar uma daquelas xalassas..

"Qual a modalidade desportiva mais viciante?
É o hipismo, poeque andam todos no cavalo!"

e referis-te te ao salazar, lembrei-me logo daquela piada que carlos mandou, salvo erro no 9ºano, e paço a citar:

"Qual foi o primeiro homem a tomar viagra?
Foi o Salazar, pq foi o homem que conseguiu manter durante mais tempo a ditadura"



E aqui começa um ciclo de javardice.

Abraço [ ]
Anónimo disse…
Sabem qual vai ser a nova atriz da serie "Lost" ?


Nao?


A Maddie!

Como poderia falar sobre humor negro sem mandar a tipica piada sobre a Maddie..

Ai ai.. A gente muito porca.
Anónimo disse…
Concordo contigo Simões: 'Não há limites para o humor' (ou pelo menos não deveria haver).

O que é que é melhor que uma piada para nos ajudar a esquecer um momento mais triste?


E as boas piadas negras ou as mais 'politicamente incorrectas' são sempre aquelas que nos fazem dar gargalhadas mais sonantes, mas nunca esquecendo aquelas secas que, pronto, não têm explicação...


"Oh mãe!!! Tira-me a carne da sopa!!
Oh mãe!!! Tira-me a carne da sopa!!
Oh mãe!!! Tira-me a carne da sopa!!

- Que sorte a minha ter um filho leproso!!!"
(sem nada contra os leprosos)
Suright disse…
eu fiz um ganda comentário sobre o assunto, que entretanto o mundo civernáutico decidiu pinar e não to mandar, se bem me lembro. Ora, como não me apetece muito escrever tal coisa de tal tamanho, deixo apenas a linha de fundo que era concordar contigo.

e aproveito, perante outros comentários, a ocasião para MORRER A RIR com os exemplos aqui deixados!!!! ahhahahahahahha, muito bom, leão, a Maddie é um assunto eterno, aqui <3

***
Suright disse…
tenho um video pra te mostrar, acerca deste assunto, simões. :)

http://www.youtube.com/watch?v=3av_qRR_DWc&feature=related

um génio. :D
Anónimo disse…
Acho que este eh um tema que tem muito a ver contigo!...
O meu priminho do coracao eh capaz de arranjar uma piada em todos os tipos de situacoes.
Lembro-me por exemplo de um rapazinho que sofre de unisombracilhisse...e o o Simoes insiste em gozar com o rapazinho. Lembro-me tambem de um senhor que sofre de alcoolismo e o Simoes cada vez que o ve....insiste em chama-lo "o bebedo da P*v*a...enfim...lol sao estas coisinhas que me obrigam a concordar que para o humor nao ha limites COM O SIMOES xD
Um grande beijinho da Prima que gosta muito de ti xD
E Parabens pelo Blog!
ahh..gostei do pormenor do salazar lol xD sim sim...o salazar......
porque ha pessoas que ate sao capazes de ir ate ao cemiterio visitar o salazar e depois ter tempo para tirar fotos a fazer-lhe ornamentos frontais! lol xD
isso sim eh humor negro lol
epah...mas esta tenho que admitir...nao foi o Simoes sozinho! lol xD ah pois....e tal...ta o homem tao bem la a descansar e vao pra la estes vandalos...enfim
o Humor que nunca morra!!!
isso sim eh importante :D
e pronto :P
*

Os mais vistos do momento

Os malucos do riso

Porque somos tolinhos se rimos sozinhos? A questão rima mas impõe-se nos dia de hoje. Quem mostra os dentinhos ao mundo sem que expresse visivelmente o motivo é porque tem um parafuso a menos, bebeu uma garrafa de moscatel ou experimentou o louro tostado que oferecem no Rossio. Será? Pois bem, eu chamo tolinhos aos que censuram estes risos ou sorrisos. Entendam de uma vez por todas que quem ri sozinho é porque, na verdade, não o está. E não, não está com uma piela. Ouviu uma música na rua que fez lembrar-lhe um rosto, viu um carro que o transportou para uma viagem, sentiu um aroma que lhe reavivou um beijo. Mas não, ficam todos a olhar para o maluquinho. Se estivesse a chorar, iam ter com ele para perguntar o que se passa. Mas como ri, ninguém quer realmente saber e preferem fazer troça da situação. Quem sorri na rua sabe porque o faz. Leva à sua volta uma aura de otimisto, de energia positiva que os outros deviam reconhecer, apesar de não saberem a origem. É verdade que ...

Chegou!

Todos esperam um ano por ele. O Verão sabe como nos conquistar. Faz uso das suas características para que estejamos ansiosos pela sua chegada. Para qualquer estudante, Verão rima com férias, e logo as “férias grandes”, que, mesmo tendo esse nome, esgotam-se num instante. Chega então de aulas, de livros, de professores e de ter de acordar cedo. Um dia de férias digno desse nome, começa ao meio dia e acaba às 6 da manhã, numa qualquer discoteca, com boa música, boa gente e, claro, gente boa também, para animar! Mas o Verão significa muito mais do que isso. Praia, por exemplo. Há mar e mar, há ir e… não voltar! Era o que apetecia muitas vezes, ficar ali o resto da vida, a absorver os raios solares e a brisa marítima. A jogar futebol, voleibol, ou às cartas, a ler um livro, a ouvir música, a mexer na areia ou na água, a mergulhar, a surfar, a boiar, a conversar, a brincar, a caminhar ou a correr. Tantas coisas que podemos fazer na praia, que davam uma linda vida. Mas o Verão tem mais! Enq...

Ela é 96

Escrevi aqui, há quase dois anos, um texto sobre aquelas coisas minúsculas que nos impedem de seguir em frente. “ Há sempre algo ” que não controlamos e que aumenta o atrito na estrada para a meta. Hoje trago um problema ainda maior: quando os entraves que surgem à nossa frente foram lá colocados… por nós próprios. Estou a falar daquelas desculpas bem criativas, daquela preguiça que ataca no momento mais inoportuno, daquela Dona Inércia que dava a cara num anúncio ao falecido BES. E é precisamente num banco que nos sentamos enquanto pensamos o quão fantástico era estar de pé. Faz pouco ou nenhum sentido, mas é assim. Conseguimos encontrar no mais pequeno pormenor uma razão do tamanho do mundo para não avançarmos. Vemos em qualquer cisco uma duna imensa de areias movediças. Pedimos uma semana para decidir algo que nos tomaria 10 segundos a refletir. E acabamos por não lhe ligar porque ela é 96.