Avançar para o conteúdo principal

Falar com pedras

Às vezes penso que estou a falar com pedras. Sim, pedras. O meu caro leitor já experimentou dialogar calmamente com um calhau rochoso? Pois é exatamente isso que eu sinto. E não estou a falar do cão que me ignora e rói os chinelos na mesma ou daquele amigo que foi ao balcão e não trouxe a mini que pedi.

Refiro-me antes às pessoas que, por mais direta que seja a mensagem, não conseguem percebê-la. Iniciado o habitual e tão português processo de atribuição de culpas, vamos aos factos: eu não tenho problemas com a Língua Portuguesa e o sotaque viseense parece estar no mínimo. Não sou gago, não falo para dentro ou entre os dentes, nem baixinho ou demasiado alto. Enfim, sou uma pessoa normal e, por isso, a culpa tem de estar no cartório do lado de lá.

Eu bem tento, esforço-me por retirar tudo o que é acessório da conversa e dou ênfase ao que é importante. Tento não distrair em vez de informar mas, por vezes, a outra pessoa parece não estar lá! E quando está, pega em todas as pontinhas que não interessam nem à Teresa Guilherme, em vez de agarrar veementemente a ideia que lhe esbarra no queixo!

Perante esses casos, e não sendo eu adepto das entrelinhas, sou forçado a fazer algo que não gosto particularmente: conduzir a conversa. A pessoa vai recolhendo os doces que eu vou deixando até chegar à boca do lobo. O único problema é que o lobo não pode estar demasiado perto, sob pena de a pessoa se aperceber que está a ser levada! Estamos perante uma pescadinha de rabo na boca! Rabo esse que se queria na boca do lobo! Lobo esse que por sua vez sou eu!


Dúvidas? Não me diga que o leitor é de granito...

Comentários

Os mais vistos do momento

Dia 4

Este passo da reportagem foi diferente dos outros. Chegou o dia de visitar o CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes). Com novas instalações desde 2007, o CODU de Coimbra tem uma vasta área de abrangência, nomeadamente nos distritos de Coimbra, Viseu, Castelo Branco e Leiria. No caso de emergências na costa marítima, colabora com o CODU-mar, sediado em Lisboa. O Centro possui uma sala de crise, usada em videoconferências com outros CODU e uma sala de comunicações, onde trabalha uma experiente equipa de profissionais: operadores, enfermeiros, psicólogos e médicos. Para assumir qualquer cargo no CODU, é obrigatório ter formação de tripulante de ambulância (o que inclui suporte básico de vida). O CODU de Coimbra tem seis a sete operadores em permanência, reduzindo este número no período nocturno, com base na menor taxa de emergências. Em caso de falha geral do sistema, o centro está prevenido com um gerador automático e com packs de telemóveis. Estes são imediatamente activados qu...

A treta da vida

Dia triste.

Frases que realmente me fazem rir...

Estamos prestes a fazer um intervalo nesta grande noite eleitoral da RTP. José Alberto Carvalho, Especial Eleições TVI Os patos têm bicos e asas mas não descontam para a Segurança Social. Susana Mendes, Último a Sair Estou na cadeira de sonho! André Villas-Boas, Futebol Clube do Porto