Como bom português que sou, e estando fora do meu país, lá vou tendo um ou outro sonho onde estou numa esplanada, com 25 graus, acariciando uma mini 26 graus mais fria que a temperatura ambiente, enquanto espero pelo pires de tremoços que o empregado se esqueceu.
De facto, adoro tremoços, essa iguaria dos deuses que antes até era oferecida na compra de umas rodadas. Mas, como diz o meu pai, ninguém dá nada a ninguém, e agora também o tremoço e o seu meio-irmão amendoim são pagos a peso de ouro.
Ora, andava eu por essa internet fora e decidi pesquisar um bocadinho sobre o tremoço, fazendo jus à velha máxima “os olhos também comem” (lembrei-me agora que este lema também é válido para a pornografia. Curioso… A ver se não me esqueço disto).
Mas lá fui investigando sobre o tremoço, e naturalmente, recorri à mesma ferramenta que Deus utilizou para pesquisar antes de fazer o mundo, que isto de criar tudo o que existe em apenas 7 dias dá mais trabalho do que se pensa. Note-se, ainda se fossem 7 dias úteis… Mas não, o desgraçado não teve sequer direito a fim de semana.
E no meio da definição de tremoço, encontrei isto:
“O tremoço in natura contém um aminoácido neurotóxico que o veda ao consumo humano, além de uma série de substâncias alcalóides dotadas de efeitos neurotóxicos e hepatóxicos […] Para poder consumir os tremoços sem risco, devem ser cozidos e depois cobertos de água mudada com frequência por diversos dias […] Assim preparados, os tremoços não oferecem qualquer risco à saúde. [carece de fontes]”
Portanto, a wikipédia garante-nos que os tremoços não fazem mal nenhum, mas garante igualmente que esta sua garantia carece de fontes.
Inadmissível! Quer dizer que todos estes anos andei eu a arriscar o coiro, sujeito a ser trucidado por um aminoácido manhoso, enquanto confiava na wikipédia?
Isso é a mesma coisa que Vítor Gaspar dizer:
“Não serão necessárias mais medidas de austeridade. Mas esta certeza carece de fontes.”
Ou Pinto da Costa afirmar:
“Eu envolvido em esquemas de corrupção? Isso carece de fontes.”
Ou ainda Durão Barroso declarar:
“O problema da falta de água no Sudão é o seguinte: carece de fontes.”
Já não se pode confiar na própria sombra. Sinceramente.
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