Olá, sejam bem-vindos ao estaminé. Estejam à vontade, vão ao frigorífico buscar umas minis e sentem-se, que isto é capaz de demorar. Enquanto tiram os sapatos, passo a explicar: ao contrário da maioria das vezes em que escrevo, hoje vou falar exclusivamente de... mim! É verdade, olha, olha a admiração nessas caras! "Sobre mim fale quem me conhece!", frase estampada em muitas redes sociais da moda no espaço dedicado à autobiografia. Evitando clichés deste tipo, passo a apresentar-me: chamo-me Luís Simões e tenho 21 anos de idade, 3 de faculdade e 12 de mentalidade. Reparem que tudo somado, totaliza 36 anos! Daí o meu medo da crise dos 40, que está aí à porta!
Pode dizer-se sem medo que sou uma pessoa singular, em três vertentes: fiscal, para efeitos de IRS; civil, pois continuo solteiro; e social, porque sou mesmo único. Aliás, o que grande parte do mundo desconhece (para além da identidade da mãe do pequeno Cristiano Ronaldo) é que há uns anos fui alvo de uma dedicatória de um grande músico nacional. O João Pedro Pais quase me levou às lágrimas quando disse em voz alta "Não há ninguém como tu!". E ainda hoje, sempre que ouço esta melodia, parece que mergulho de cabeça num mar de pequenos cubinhos de cebola, tal a emotividade e sinceridade deste refogado musical.
Continuando, se querem saber mais sobre mim, não vale a pena perguntarem a quem me conhece, porque ficariam com uma ideia errada! É que a parte do "simpático, amigo, honesto e carinhoso" ia entrar-vos por um ouvido e sair sabe-se lá por onde (só para evitar mais um cliché). E depois, quando chegassem as histórias mirabolantes, idiotas e algumas quase impossíveis, essas sim, recordariam com toda a veemência para mais tarde me enxovalharem. Assim, prefiro contá-las todas num livro que hei-de escrever e publicar, o qual – como mandam as regras da literatura – só alcançará o top 3 da Bertrand e companhia quando eu falecer.
Fazendo uma self-review da minha personalidade, é lógico que estou muito diferente do que era há uns anos. Se hoje me consigo fazer notar num grupo de amigos, antigamente o que mais saltava à vista eram os gafanhotos que deitava por usar aparelho. Foram tempos difíceis mas o que mais me enerva é o facto de, depois de me livrar de tal coisa, todo o país entrar num período de... contenção! Era só o que me faltava. Realmente tenho azar, aliás, sou um tipo bastante azarado. Desde logo porque, mal nasci, acabaram os grandes anos 80. Por falar em anos 80, mais azarado que eu só o Bryan Adams! Diz ele que os melhores dias da sua vida foram no Verão de 69. Tinha uma banda e tal, com uns amigos da escola, só que o azar começou quando o Jimmy saiu e o Joey casou-se... com 10 anos! É preciso muito azar... Mas pronto, no dia 11 de Abril de 1989 lá vim eu ao mundo, quase tão ingénuo como nú. Até hoje, fui-me vestindo de conhecimento (e de roupa, claro), arrecadando capacidades cognitivas assinaláveis (e escondendo outras anatómicas, mas igualmente incríveis!).
A partir de hoje, esporadicamente no Digo-te, não percam os capítulos de
Luís Simões – um homem de L a S, mas que por vezes veste XL.
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Beijinhos
Joana