Não sou gajo de me enervar. Mas se há coisa que me deixa à
beira dos limites é a incompetência das pessoas no seu trabalho. Não entendo,
não admito e não perdoo.
Nos últimos dias precisei de recorrer a vários serviços
públicos e privados, e não houve um em que tudo corresse bem. Mais: não houve
um em que tudo corresse como o previsto… pelas próprias
entidades. Ora falharam
prazos, ora enganaram-se no processo, ora simplesmente não fizeram nada.
Não quero saber de desculpas; de que estamos em agosto e há
menos gente, de que houve um “lapso alheio à nossa empresa”, de que faltam
documentos que inicialmente não foram pedidos…
Eu não pedi atendimento especial, não tentei seduzir a
empregada, não fiz voz grossa ao telefone, não falhei um pagamento, não cheguei
atrasado. Permitam-me que seja algo egocêntrico: eu fui perfeito. Com todas as
letras. Ao passo que essas empresas, a maior parte delas multinacionais com
nome reputado, falharam todas.
Existe livro de reclamações, eu sei. Existem compensações,
também já me foram oferecidas. Mas o que eu queria mesmo era que as pessoas
fossem competentes. Que desempenhassem bem o seu trabalho, como eu tento sempre
desempenhar o meu. Porque um eventual erro nesse caso teria sempre uma margem
de compreensão maior. Todos falhamos, mas temos a obrigação de tentar falhar o
menos possível.
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