Nota prévia: o indíviduo que vos escreve foi protagonista de uma bela situação no sábado que quase o levou a pedir o famoso livro de reclamações. E só não chegou a tal porque, à boa maneira portuguesa, arranjou-se uma solução adequada para as duas partes em conflito. Uma não-queixa para a loja, um desconto simpático na caixa para mim.
Bem sei que estas situações não deviam acontecer e que o mundo seria melhor sem elas. Assim como sei que devia reciclar, não comprar nada nos chineses, estudar para o exame do dia seguinte ou evitar aquela última cerveja que me deixou mal disposto. Eu sei, eu sei, têm toda a razão. Podem reclamar à vontade.
Repararam? Voltámos à questão das reclamações. E neste caso deviam poder escrever no meu livro que numa ou outra situação fui antipático, estacionei no lugar dos deficientes, dei um pontapé no gato da vizinha de cima ou estacionei no lugar dos deficientes outra vez (desculpem mas esqueci-me de comprar leite e era o único lugar vago!).
Quero com isto dizer que era fantástico que cada pessoa tivesse um livro de reclamações à disposição dos outros. Um livro onde fosse possível apresentar queixa dessa pessoa, por algum motivo. Ou, no caso de não haver mesmo nada para reclamar, pelo menos escrevia o meu número para combinarmos um café mais tarde. Mas há outros exemplos:
"Pedrinho, vai fazer os trabalhos de casa senão escrevo no teu livro de reclamações!"
"Mãe, compras-me aquele jogo ou vou ter mesmo de treinar a minha caligrafia?"
"Como foste capaz, Rodrigo?! E tinha de ser logo com a Nádia! Passa para cá a p*ta do livro, JÁ!"
Reparem como seriam inúmeras as vantagens! Pior seria a fila para o livro do Carlos Queiroz, por exemplo. Aliás, caso a ideia avance, lembrem-se que sou o primeiro, sim?
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