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Memória curta ou estupidez?

Ok. Eu não era nascido.

Ok. Eu só sei o que me dizem ou o que leio.

Mas por favor. Quando me dizem na cara que a ditadura devia voltar, que o homem governou bem o país e pior: que naquele tempo se vivia melhor que hoje, não merecem resposta.


Sinceramente não percebo…

Comentários

Dylan disse…
Escrevi isto em Abril:

"Nesta altura do ano surgem sempre os detractores da Revolução de Abril - uma espécie de saudosistas do Estado Novo - pois "antigamente é que era bom", dizem eles. Como se 40 anos de obscurantismo não tivessem atrasado irremediavelmente o País e a Pide fosse uma qualquer organização sócio-cultural! Esta nostalgia serôdia dá náuseas e piora quando falam com desdém do "excesso de liberdade" e da democracia.

Mas será que esta gente não se lembra do que acontecia no tempo do pseudo-estadista? A colagem ao fascismo, as repressões políticas e públicas com a vergonhosa conivência da igreja católica, a censura literária, a educação baseada num nacionalismo bafiento, da interminável Guerra do Ultramar e do obsessivo colonialismo.

Actualmente parece que entramos num processo de regressão pois inauguram-se ruelas com nomes de ditadores existindo também regiões do País que ignoram a data. Convém explicar às gerações futuras que a História não pode voltar a repetir-se e que a morte de homens como Humberto Delgado não pode ter sido em vão."

http://dylans.blogs.sapo.pt/

Os mais vistos do momento

Electrizante!

De segunda a sexta, esta semana foi poderosa. Poucos foram os espacinhos que arranjei para dormir. Começou tudo na segunda-feira. A recepção aos alunos do primeiro ano deixou-me notas bastante positivas. Continuaria a ser assim nas restantes aulas da semana. À noite, um pequeno encontro de amigos, em casa, para ver futebol e beber qualquer coisa. Entretanto saímos de casa e fomos até à Praça. Nada de especial para um início de semana em Coimbra. Na terça, as coisas mudaram. Dia de aniversário de um amigo significa festa! E esta tinha de ser especial. Convidam-se as pessoas (muitas), fazem-se compras, e no meio disto tudo, ainda fui às aulas, claro. A festa chegou, animada, com comida e bebida, muita bebida. Como noite em Coimbra significa Praça da República, foi para lá que seguimos. Mas esta noite não foi só mais uma. Foi diferente… Seguiram-se quarta e quinta-feira, mais dois dias de aulas, mais dois dias com muito sono, mais dois dias a 200 km/h, mais dois dias de momentos intensos

Momentos...

…diferentes. É do melhor que a vida nos pode oferecer! Consoante o nosso estado de alma, fazemos aquilo que mais nos apetecer: estar sozinho, acompanhado de alguém especial, ou no meio de um grupo de amigos. É isso que me apetece, é isso que eu faço! E tenho um momento preferido, claro. Em paz. Sinto-me assim quando estou na varanda sozinho com o vento, a ver os carros e pessoas passarem apressados sabe-se lá para onde. Tanta agitação à minha volta, e eu continuo ali, isolado, intocável, no meu cantinho, sem preocupações. Penso nas coisas, só nas que quero e da maneira que quero, porque não tenho obrigações, compromissos nem horas marcadas. Sinto-me quase o dono do mundo, que mesmo sendo enorme, parece-me tão calmo naquele momento. É TÃO bom…

Outono

Entrámos no outono, a melhor estação do ano. Eu sei que é estranho, toda a gente prefere o verão, o calor, a praia, as roupas curtas. No máximo, a seguir ao verão virá a primavera, com o regresso do sol e das esplanadas. Logo depois o inverno, a neve, a lareira, o natal e a passagem de ano. E por último, o renegado outono. Frio, cinzento, amorfo, desconfortável. É o que muitos pensam. Mas eu não. O outono traz muito mais do que nos tira, e não estou a falar de casacos. Traz, por exemplo, o descanso de um verão animado, o parar da confusão, a calma que nos aconchega e nos faz pensar. Sobretudo isso, pensar. O outono faz-nos refletir sobre o que se passou e antever o que aí vem. Separa o trigo do joio quando prende alguns aos programas televisivos da moda que estreiam sempre na rentrée. Dá-nos outra sensação de chegar a casa e sentirmo-nos bem, sem ser preciso ir abrir as janelas para arejar. Diverte-nos quando vamos na rua a pisar as folhas secas no chão, fazendo barulhos entre