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Electrizante!

De segunda a sexta, esta semana foi poderosa. Poucos foram os espacinhos que arranjei para dormir.

Começou tudo na segunda-feira. A recepção aos alunos do primeiro ano deixou-me notas bastante positivas. Continuaria a ser assim nas restantes aulas da semana. À noite, um pequeno encontro de amigos, em casa, para ver futebol e beber qualquer coisa. Entretanto saímos de casa e fomos até à Praça. Nada de especial para um início de semana em Coimbra. Na terça, as coisas mudaram. Dia de aniversário de um amigo significa festa! E esta tinha de ser especial. Convidam-se as pessoas (muitas), fazem-se compras, e no meio disto tudo, ainda fui às aulas, claro. A festa chegou, animada, com comida e bebida, muita bebida. Como noite em Coimbra significa Praça da República, foi para lá que seguimos. Mas esta noite não foi só mais uma. Foi diferente…

Seguiram-se quarta e quinta-feira, mais dois dias de aulas, mais dois dias com muito sono, mais dois dias a 200 km/h, mais dois dias de momentos intensos e importantes.
Chego ao último dia útil da semana com os níveis de energia no limite mínimo, assegurados pelas coisas boas que os dias anteriores trouxeram. Gostei dos novos vizinhos, e do convívio com eles, gostei do ambiente e da forma como as aulas decorreram, e o mais importante, gostei daquilo. Aquilo que me fez estar ocupado, mesmo quando estava em casa sem fazer nada ou que não me deixou dormir na viagem de regresso a casa, mesmo que as minhas pálpebras pesassem uma tonelada.

Sábado passado em casa com os pais. Parecem tão atarefados que me sinto bem entre eles, tão distantes da realidade. Pelo menos da minha realidade. À noite saio para ver o jogo e beber qualquer coisa. E eis que volta a acontecer…

Talvez por isso, ontem dormi melhor. Hoje vejo as últimas sobre o Benfica – Sporting de ontem e sobre o mundo, porque estive sem internet no fim-de-semana. Penso nos trabalhos que já tenho para fazer ao fim da primeira semana de aulas. Penso no melhor tarifário para o meu telemóvel. Penso nesta louca semana que passou. E penso naquilo especial que me faz pensar…

Comentários

Anónimo disse…
"E penso naquilo especial que me faz pensar…"

Hmmm... Isso também me deixa a pensar...
Como sou uma pessoa que só começa as suas actividades lectivas no dia 1 de Outubro, tenho estado afastado de Coimbra e por isso também não sei nada sobre essa coisa 'especial'...

Será uma rapariga, menino Simões? hmmm...

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Os malucos do riso

Porque somos tolinhos se rimos sozinhos? A questão rima mas impõe-se nos dia de hoje. Quem mostra os dentinhos ao mundo sem que expresse visivelmente o motivo é porque tem um parafuso a menos, bebeu uma garrafa de moscatel ou experimentou o louro tostado que oferecem no Rossio. Será? Pois bem, eu chamo tolinhos aos que censuram estes risos ou sorrisos. Entendam de uma vez por todas que quem ri sozinho é porque, na verdade, não o está. E não, não está com uma piela. Ouviu uma música na rua que fez lembrar-lhe um rosto, viu um carro que o transportou para uma viagem, sentiu um aroma que lhe reavivou um beijo. Mas não, ficam todos a olhar para o maluquinho. Se estivesse a chorar, iam ter com ele para perguntar o que se passa. Mas como ri, ninguém quer realmente saber e preferem fazer troça da situação. Quem sorri na rua sabe porque o faz. Leva à sua volta uma aura de otimisto, de energia positiva que os outros deviam reconhecer, apesar de não saberem a origem. É verdade que ...

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