Conto os teus dedos um a um. Brinco contigo ao dizer que são quatro. Acrescento um meu junto do teu polegar e falo-te em seis ao ouvido. Procuramos os olhos um do outro e ficamos, de repente, mais sérios. Do teu primeiro ao último dedo, sinto cada toque único, cada impulso elétrico da tua pele macia. A tua mão é sinal de paz, de tranquilidade. Faz-me estar em casa só com um toque, arrasta-me para o meu leito certo delicadamente, acalma-me qualquer agitação que possa existir. Encosto os meus dedos aos teus e sinto de imediato a fusão. Transmitimos energias positivas um ao outro, o saldo equilibra-se com o que te dou, o que me dás, o que nos damos. Esqueço tudo o que está lá fora. Não preciso do mundo exterior neste momento. Posso desenhar com a mente todas as montanhas do mundo nos declives da tua palma. Ouço os rios a correrem-te por entre os dedos, erguidos como torres de arranha-céus. Sinto a dureza e a beleza dos glaciares nas tuas unhas perfeitas, que desejo me risquem e ar
Um blogue aos olhos de um moscatel com duas pedras de gelo