O sangue é tão quente que quase derrete o que resta da linha contínua. É triste. Escorre lentamente para a terra. Tão, tão lentamente como o respirar que se ouve ao fundo. É tão lento. Parece calmo. Como o sangue que escorre de lá para a terra. Ninguém passa, ninguém vê, ninguém sabe, ninguém ouve. Pisca a apaga de vez a última luz. Está escuro. Como o sangue dele que escorre para a terra. Não consegue falar. Uma única palavra que seja. Emite tanto som como o sangue que lhe sai de todo o corpo e escorre para a terra. Cheira a qualquer coisa. A gasolina jorra aos soluços do depósito, como o sangue que por baixo do luar se vai acumulando na terra. Misturam-se. Combustíveis de homem e máquina, incompatíveis como homem e máquina, frágeis como homem e máquina, que abandonam agora homem e máquina às suas sortes, aos seus azares, ao seus desnortes, às suas mortes. Há cortes na árvore cá atrás. A seiva escorre no escuro, lentamente, qual sangue gasolina, até à terra que a há de com
Um blogue aos olhos de um moscatel com duas pedras de gelo