Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2012

Em ti

Estou deitado, de mãos entrelaçadas atrás da cabeça. Se alguma luz houvesse neste quarto, era possível ver os meus dentes, os meus olhos, enfim, a minha cara. Não há luz, não se reflete a luz. Mas reflete-se a felicidade. Estou feliz sim. E muito. Vê-se nos meus dentes, nos meus olhos, enfim, na minha cara. Feliz pelo que sinto, e sei que sinto. Passa-me do coração à cabeça, e volta novamente. São voltas descontroladas pela velocidade da batida, pelo calor do sangue, pelo sorriso com que os dias me acenam por esta altura. De facto, se houvesse luz, talvez conseguisse ver a minha própria imaginação, onde o aroma que tens dança ao meu redor, ora calma, ora desenfreadamente, para delírio das minhas mãos que teimam em abraçar-te mais e mais. És tu. És tu mesma. A chave daquele cadeado que cerca as minhas emoções. Consegues libertá-las, consegues sê-las. E num ápice, passam em fila na minha mente fotos nossas, nas quais estamos incrivelmente juntos, colados, unidos, eu a ti e

1+1+1+1=

Pois é. O pequeno Digo-te é já um homenzinho! Parece que ainda foi ontem que deu os primeiros passos, disse as primeiras palavras e bolçava a cada palmadinha nas costas depois do biberão da manhã. O raio do petiz completa hoje quatro primaveras, todas elas recheadas de alegrias e alergias aos pólenes das árvores. Nasceu há numa época em que Portugal não conhecia a palavra troika, e não seguia austeramente os passos de um coelho (porque Saviola só viria para o Benfica no ano seguinte). Corria o dia 21 de maio de 2008 quando o Chelsea perdeu a final da Liga dos Campeões com o United, nas grande penalidades. Como os tempos mudam… E de repente, sem que nada o fizesse prever, nasce o pequeno Digo-te , precoce, com apenas 28 semanas, que por pouco não foi parar à incubadora. Do cordão umbilical sobrou apenas o hífen que separa o “ Digo ” do “ te ”, carinhosamente apelidado de “tracinho”. O frágil Digo-te , amparado por seu pai, foi crescendo e vingando neste mundo de cobras,