Quem me conhece sabe que não gosto de provérbios, frases feitas e clichés. E faço, ou tento fazer tudo para os contrariar e sair vencedor. Não sei porquê, mas esta é a verdade. E alguns desses lemas deixam-me mesmo fora de mim. Senão vejamos o seguinte exemplo: “Os verdadeiros amigos veem-se nos maus momentos.” Com licença, caro leitor, que vou só ali dois minutos regurgitar a carbonara do almoço. Eu não acredito que haja um único ser neste mundo redondo que, ao pensar durante os dois minutos desta minha nojenta ação, não chegue à conclusão da farsa presente nesta tábua da sabedoria popular. Vamos por partes. À partida, não tenho por hábito ter amizades falsas. Digamos que não me dá jeito. Quanto aos maus momentos, todos têm os seus, seja porque o nosso tio foi atropelado ou a miúda mais gira da escola nem sonha que existimos. Mas voltemos aos amigos. Aos bons e verdadeiros desta vez. Suponha o leitor que está num momento terrível da sua vida, o céu parece que lhe vai ca
Um blogue aos olhos de um moscatel com duas pedras de gelo