É uma maneira muito própria de definir tudo e mais alguma coisa neste país e a verdade é que eu gosto dela. Nunca fui aquela pessoa de dividir as coisas por várias camadas, de as definir por estratos, ter vários separadores, uma pastinha para cada uma. Portugal não é assim mas, para o bem ou para o mal, lá vai funcionando dessa forma. Cima ou baixo , ou acima ou abaixo, serve para nos orientarmos neste país cuja própria geografia tem por base a verticalidade. Não é à toa que quem mora em Lisboa vai lá acima no Natal e lá abaixo no verão. Ou que quando viajamos e pedimos indicações para encontrar aquele tasco, nos dizem do outro lado do telefone que é mais abaixo nessa rua. No futebol, por exemplo, os treinadores reforçam que acima de tudo está a equipa, embora nos últimos tempos a bola fique abaixo do tema das arbitragens nas prioridades de quem fala aos adeptos. E isso danifica aquele sentimento de ir ao estádio no domingo à tarde com os amigos e procurar a nossa
Um blogue aos olhos de um moscatel com duas pedras de gelo