Há 10 anos que escrevo um blogue. Há poucas coisas que faça há tanto tempo. Talvez respirar, duvidar da meteorologia para amanhã ou tentar adivinhar o preço da montra final. Já aqui falei de tudo e na verdade ainda não falei de nada. Porque, ao contrário do que recomendam os 750 manuais para ter sucesso “no seu blogue”, o Digo-te não tem um tema específico . É como aquele nosso amigo que não sabemos bem o que faz no emprego e que carinhosamente associamos à parte logística. Este blogue faz aquilo que os Gato Fedorento um dia apelidaram de faturação de faturas . Não sabe o que faz, embora já devesse saber, tal e qual um miúdo de 10 anos. Aprendeu a escrever e já pensa que é o maior. Só pensa em si mesmo e goza com os miúdos que se inscrevem nos escuteiros. O Digo-te não é, de todo, pontual. Ora aparece com conteúdos novos em dias seguidos, ora tira férias durante um mês inteirinho. É patrão de si mesmo , como o Peixoto era quando Carlos Cunha fugia com a garota no atrevido Ma
Um blogue aos olhos de um moscatel com duas pedras de gelo