Já não me lembro de onde ouvi falar pela primeira vez da faixa erguida pelos adeptos do Benfica no dérbi do futsal, no sábado. Acompanhei o jogo pela televisão e não me apercebi da sua presença, e só dias depois é que vi uma fotografia do momento. No domingo à noite, após o golo de Jardel, dezenas de adeptos do Sporting corriam para fugir aos engenhos pirotécnicos arremessados a partir da zona dos adeptos visitantes. Mais uma vez, não me apercebi em direto do que se estava a passar. São dois casos que dão que pensar. Devo dizer que há poucas coisas neste Mundo que me reduzem as palavras, ainda por cima quando o tema é futebol, mas estas fizeram-no. O problema é encontrar adjetivos. Adoro ver futebol nos estádios mas sei onde vivo e, apesar de apaixonado por este país, também lhe consigo apontar um defeito que muita da sua gente teima em apresentar: copiar as coisas más. O que os indivíduos da vergonha do futsal e do futebol fizeram foi isso mesmo: colaram-se mais uma vez
Um blogue aos olhos de um moscatel com duas pedras de gelo