Caríssimos, escrevo esta missiva num clima de grave crise. Ou numa crise de grave clima. Pensado bem é mais assim, que esta tempestade lá fora vira tudo ao contrário! Fosse José Castelo Branco apanhado por este vento suão e, não tenho dúvidas, estaria ali um novo Quim Barreiros, expoente máximo da virilidade em Portugal! Recordo com saudade os tempos em que vivia num “jardim à beira-mar plantado”, onde uns bons 35 graus eram capazes de assar uma sardinha no capot do Fiesta parado há nove anos no barracão da lenha. Tempos em que só havia duas estações do ano: verão e natal. E sucediam-se consecutivamente uma à outra, sem atropelos. O único casaco que tinha era estreado na noite de consoada e arrumado a meio de janeiro, tal era o calor que justificava, um mês depois, a reduzida indumentária das meninas do samba. O que aconteceu? O barulho do festival de vento e chuva lá fora é inacreditável! E o pior é que não me posso queixar à polícia desta má vizinhança! Nem riscar-lhes o ca
Um blogue aos olhos de um moscatel com duas pedras de gelo