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A mostrar mensagens de março, 2009

PIF

Chama-se Princípio da Invisibilidade Falsa (PIF), e é uma teoria que desenvolvi nos últimos tempos, fruto de um vasto leque de divertidas experiências. O PIF pode aplicar-se a toda a gente. Basicamente, diz-nos que qualquer pessoa ou grupo de pessoas num espaço público tende a observar algo, comportando-se como se não estivesse realmente lá, ou fosse invisível. Difícil de perceber? Vamos a um exemplo concreto, e provavelmente o melhor: Imagina que vais com uns amigos para um bar, cheio de gente. Chegam, vêem quem está e dizem: “Incrível, aqueles gajos estão cá sempre!” ou: “Mas esta gente não tem nada para fazer?” ou melhor ainda: “Olha quem é ela! Já cá estava na semana passada a dançar de uma maneira que… meu deus!” Ora, segundo o PIF, não conseguimos entrar na pele dessas mesmas pessoas que já lá estão. Ou seja, e como o PIF se aplica a todos, quando chegamos ao bar, as outras pessoas comentam: “Incrível, aqueles gajos estão cá sempre!” ou: “Mas esta gente não tem nada para fazer?”
Como posso não ser repetitivo, se a história se repete? Mais uma semana louca!! Precisam-se urgentemente das férias da Páscoa, em casa, a dormir! ... Hmm... pensando bem, aguento mais um bocadinho xD
... É incrível o poder desta cidade. Poder vir para cá o mais devastado possível. Poder sentir-se a pior pessoa do mundo. Até poder sê-la. Mas mudar tudo quando se chega aqui. Coimbra é quase como a ilha da série Lost, que tudo cura e onde tudo acontece. E quem não gosta de se perder aqui? De sentir, de provar, de viver a cidade? Ou aqueles banhos de imersão no filme Wanted. É disso que eu falo. Da capacidade de curar em horas aquilo que, fora daqui, demoraria dias ou meses. Esse é o efeito Coimbra. Presente nas tardes de sol, no espírito académico, nas festas e na noite, mas também nos amigos, nos momentos menos bons, nossos e deles, e nas noites frias e chuvosas. Tudo ajuda, tudo faz parte. As marcas que levamos daqui, duvido que algum dia deixem de se ver. Da mesma maneira que não me imagino a estudar noutra cidade, também não consigo encaixar a ideia de ter de sair daqui no final do curso. Mas vai acontecer. E nesse dia, como nunca, vamos perceber finalmente o poder do fado, sentir