Não é justo. Como se não bastasse este ser um duelo desequilibrado, ainda por cima não jogas sozinha. Uma coisa é lutar, ganhar-te num ombro a ombro, puxar-te a camisola para te travar, marcar-te quase corpo a corpo; outra é conseguir estar ao nível dessa tua arma secreta que faz as apostas caírem para o teu lado. Sabes perfeitamente que começas os jogos – pelo menos contra mim – a ganhar 1-0. Não sei bem quando foi, mas descobriste-me esse ponto fraco e, a partir daí, tens abusado. Bem posso correr a fundo, entregar-me completamente ao jogo, deitar os pulmões cá para fora, que o resultado é sempre o mesmo: eu perco, tu ganhas. Já te disse que não é justo? Não devia ser permitido desvirtuar desta maneira a verdade da competição. Devíamos ser só eu e tu, sem interferências de terceiros. Mas não, recorres sempre à mesma arma e a mim resta-me fazer como o pequeno cão que se deita de costas e vira as patinhas para cima, submisso. Custa-me perder sempre, enerva-me perder muit
Um blogue aos olhos de um moscatel com duas pedras de gelo